sexta-feira, 24 de setembro de 2010


Mors — Amor


Esse negro corcel, cujas passadas

Escuto em sonhos, quando a sombra desce,

E, passando a galope, me aparece

Da noite nas fantásticas estradas,



Donde vem ele? Que regiões sagradas

E terríveis cruzou, que assim parece

Tenebroso e sublime, e lhe estremece

Não sei que horror nas crinas agitadas?



Um cavaleiro de expressão potente,

Formidável, mas plácido, no porte,

Vestido de armadura reluzente,



Cavalga a fera estranha sem temor:

E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"

Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

Antero de Quental

3 comentários:

Loryzitah disse...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
poema perfeitãoooo *--*

Caroline Verde disse...

E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"

Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

_______________________________

excelente!

Guiito disse...

Olha só quem voltou a se inspirar em algo.